10 Dicas Comunicação Positiva na Formação Profissional

10 Dicas Comunicação Positiva na Formação Profissional

O mundo da formação é marcado por relações, complexas, que procuram metas diversas, que dinamizam ligações mais ou menos intensas, que fomentam a reflexão crítica ou ainda processos criativos em torno de um objetivo comum.

A capacidade de gerir essas mesmas relações, surgindo como uma das competências do futuro segundo o World Economic Forum, é um dos desafios da formação profissional.

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Nas experiências formativas que a PsicoSoma tem promovido, desde da Formação de Formadores, Pós-Graduações, Master ou ainda Aulas Abertas, entre outras, tem se verificado um denominador comum para a criação de relações pedagógicas saudáveis e produtivas: a comunicação positiva.

A comunicação positiva é uma forma de comunicação/expressão que nos permite manter relações de confiança tendo presentes os pontos de vista e as necessidades do outro, interligando aqui conceitos como empatia, assertividade e escuta ativa.

De facto, a formação só faz sentido, porque temos elementos ativos a interagir, formando com formandos, formandos com facilitadores, facilitadores com equipa pedagógica, etc…

Para que uma comunicação positiva ocorra, os intervenientes devem promover uma inteligência emocional e praticar a estrutura de um diálogo positivo. Essa combinação permite que a ocorrência de conflitos diminua, melhora a eficácia e eficiência da comunicação e evita que o interlocutor assuma uma atitude defensiva.

Na estrutura de um diálogo positivo encontramos quatro elementos que merecem a nossa atenção: o emissor, o receptor, o conteúdo da mensagem e a forma como a mesma é transmitida.

  • O emissor, que é aquele que emite a mensagem, necessita conhecer a sua dimensão, personalidade e atitudes, para ajustar conceitos, tom de voz, pausas ao seu próprio perfil.
  • O recetor, a pessoa que recebe a mensagem, deve ser ajudado no sentido de promover motivação, atenção e concentração. Sem esquecer as técnicas de memorização (Tema de um próximo artigo) que auxiliam no processo de aprendizagem.
  • O próprio conteúdo da mensagem deve ser oferecido em pequenos quadros temporais, surgir como claro, objetivo, livre de julgamento, opiniões e observações sem fundamento. A indicação de referências, livros, artigos é fundamental para limitar o espaço de dúvida.
  • E por fim, o meio como a mensagem é transmitida, tanto a nível da comunicação verbal como da comunicação não verbal. Mais do que a aquilo que se diz, é a forma como se diz. Olhares, mãos, espaço ocupado, são alguns aspectos a considerar.

Articular os fatores que referenciamos acima irá favorecer uma comunicação positiva no seio da formação profissional. Quando se associa a comunicação positiva a a uma questão de identidade, cria-se um obstáculo ao seu alcance. Comunicar-se positivamente é uma questão de treino, saber o caminho que devemos seguir e usar as ferramentas corretas.

Vejamos 10 dicas de Comunicação Positiva que o poderão ajudar a estabelecer uma relação pedagógica de referência com os seus formandos:

  1. Postura com Energia, traga boa disposição, novidades positivas, algo grátis para os seus formandos que pode ser o acesso a um recurso didático;
  2. Eliminar o “EU” da comunicação, evitando centrar o discurso na sua pessoa, dores e emoções;
  3. Estabeleça proximidade, sente-se ao mesmo nível dos formandos, participe nas dinâmicas junto deles pela via de estações de aprendizagem;
  4. Promova o Efeito IKEA no seu grupo, envolva os formandos na construção da ideia, do conteúdo a ser debatido, e torne o formando num elemento co-criador;
  5. Promova a empatia, pela escuta-ativa, respeito pelas crenças e valores.
  6. Tom amigável no dicurso, frases como “Deixe-me ajudá-lo com isso,” “Ajudá-lo-ei com prazer,” e “Há algo mais em que o possa ajudar?”, retire o “Não” nos momentos iniciais ao seu discurso;
  7. Fomente a Formação em Espiral, aumenta a motivação e auto-estima nos formandos. Faça sínteses várias vezes ao longo da formação interligando as experiências dos formandos com os temas.
  8. Diversificar os recursos didáticos e o tipo de estímulos de aprendizagem, visando respeitar os formandos mais visuais, auditivos ou cinestésicos.
  9. Verbalize sempre os sentimentos, peça em vez de exigir, retire as palavras “problema”, “sala”, “aluno”, “formador” do seu discurso.
  10. Face a uma dinâmica: role playing, action maze ou autoscopia, antes de dar o feedback, organize as informações, faça anotações, releia, e depois partilhe e demonstre interesse pelo que viu. Siga sempre a regra: 3 elogios para 1 elemento a melhorar, o aspecto a melhorar será encarado como um desafio e não um problema.

Desta forma, a comunicação é capaz de promover coesão; aumentar desempenho, criar concordâncias e unidade em processos e diretrizes.

Esperamos que estas dicas venham a ser úteis para todos os Facilitadores que visam melhorar a cada dia.

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Sofia Rodrigues (Departamento de Marketing e Comunicação
e Julien Diogo (Coordenador Pedagógico PsicoSoma).

©PsicoSoma – 2019

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