Descrição
Sinopse
Com o decorrer dos tempos e a melhoria das condições económicas, sociais, culturais, científicas e tecnológicas para extinguir as doenças mais mortíferas que todos os dias pesavam sobre os humanos, qual espada de Demoles permanentemente apontada à cabeça, o grande investimento tem vindo a ser em medidas de toda a ordem, visando prevenir a doença e promover a saúde. Aliás, sobretudo nas sociedades ultramodernas, a saúde tem-se vindo a transformar num dos valores cruciais dos indivíduos e das sociedades em geral. A ideia segundo a qual a humanidade poderia vencer inteiramente as doenças, ainda que não conseguisse vencer a morte, está fortemente arreigada no contexto das Luzes e no processo de racionalização e da modernidade que desde então se tem prosseguido (M. Drulhe, 1996). Durante o século XX a humanidade ocidental ganhou à morte cerca de 30 e mais anos, como aconteceu, por exemplo, entre nós, graças ao investimento na melhoria das condições sociais de existência e aos avanços da ciência e da medicina em particular. Este projecto tem mobilizado cada vez mais um conjunto de energias e de políticas com particular destaque para as que se relacionam directamente com a saúde e o viver humano e social. Podemos mesmo dizer que, a este propósito, as aspirações humanas são hoje ilimitadas para a generalidade dos cidadãos. Esta insatisfação que para o ser humano se pode confundir com a sua ânsia de viver está bem patente nas exigências em torno da saúde e dos respectivos serviços. Conservar a vida nas melhores condições possíveis adveio uma exigência sócio-política fundamental, em virtude da importância que se atribui à vida a transbordar de saúde. Por sua vez, neste contexto inflacionista, as políticas são chamadas a fazer face a cada vez mais problemas que, ainda há bem pouco tempo, nem sequer se inscreviam no âmbito da doença e da saúde.
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